Lauraceae

Ocotea paranaensis Brotto, Baitello, Cervi & E.P.Santos

Como citar:

Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Ocotea paranaensis (Lauraceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

16.818,369 Km2

AOO:

28,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie foi registrada nos estados: PARANÁ, municípios Adrianópolis (Brotto 1816), Guaratuba (Brotto 567), São José dos Pinhais (Dunaiski 2230), Tijucas do sul (Silva 838), Tunas do Paraná (Silva 3357); SÃO PAULO, municípios São Miguel Arcanjo (Savassi 229) e São Paulo (Barretto 458). Na flora do Brasil não Consta os registros do estado de São Paulo (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Eduardo Amorim
Critério: B2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Árvore de até 28 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em Floresta Ombrófila Densa Montana associada a Mata Atlântica nos estados do Paraná e São Paulo. Apresenta AOO=28 km², quatro situações de ameaça e ocorrência em tipologia de vegetação severamente fragmentada. Apesar da ocorrência em Unidades de Conservação de proteção integral, sabe-se que a Mata Atlântica brasileira está atualmente muito fragmentada e reduzida a cerca de 12,4% de sua extensão original (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001; Ribeiro et al., 2009; SOS Mata Atlântica e INPE, 2018; Prefeitura São Miguel Arcanjo, 2018). No estado do Paraná, restam somente 13% da Mata Atlântica original, distribuídos em fragmentos isolados e submetidos a pressões intensas como crescimento urbano acelerado, desmatamento e o estabelecimento de atividades agrosilviculturais altamente impactantes (Eisfeld e Nascimento, 2015; SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Assim, foi considerada Em Perigo (EN) pela sua distribuição restrita, quatro situações de ameaça e declínio contínuo tanto em qualidade como em extensão de habitat. Recomenda-se ações de pesquisa (número e tendência populacional) e conservação (Plano de Ação) a fim de se garantir sua perpetuação na natureza.

Último avistamento: 2016
Quantidade de locations: 4
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Sim

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Ocotea paranaensis Brotto, Baitello, Cervi & E.P.Santos foi descrita em Rodriguésia 61(sup.): S57S60, 1. 2010.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa Montana
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Ocotea paranaensis é uma árvore terrestre, perene de até 28 m de altura (Bizarro 132), a espécie ocorre na Mata Atlântica na Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018)
Referências:
  1. Ocotea in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB122880>. Acesso em: 29 Ago. 2018

Reprodução:

Detalhes: Ocotea paranaensis é uma árvore dioica, foi coletada com flores em fevereiro (Bizarro 132), março (Silva 3357), abril (Barreto 458) e maio (Santos 1184); coletada com frutos em janeiro (Brotto 567), setembro (Brotto 39) e novembro (Brotto 1816)
Fenologia: flowering (Fev~May), fruiting (Jan~Jan), fruiting (Sep~Sep), fruiting (Nov~Nov)
Sistema sexual: dioecious

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.2 Wood & pulp plantations habitat,mature individuals past,present regional high
O município de São José dos Pinhais tem 865,2 ha de plantios de Eucalyptos e 104,8 ha de Pinus, outros 960,2 ha estão em corte raso ou recém-plantados. Tijucas do Sul tem 551,8 ha de plantios de Eucalyptos e 7.195,1 ha de Pinus, outros 1.510,3 ha estão em corte raso ou recém-plantados. Tunas do Paraná tem 733,5 ha de plantios de Eucalyptos e 14.027,1 ha de Pinus, outros 1.544,5 ha estão em corte raso ou recém-plantados. Adrianópolis tem 403,7 ha de plantios de Eucalyptos e 15.553,2 ha de Pinus, outros 2.988,4 ha estão em corte raso ou recém-plantados. Guaratuba tem 41,3 ha de plantios de Eucalyptos e 1.433,6 ha de Pinus, outros 7,5 ha estão em corte raso ou recém-plantados (Eisfeld e Nascimento, 2015).
Referências:
  1. Eisfeld, R.L., Nascimento, F.A.F., 2015. Mapeamento dos Plantios Florestais do Estado do Paraná – Pinus e Eucalyptus. Curitiba, Instituto de Florestas do Paraná, 76 p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present national very high
Dados publicados recentemente (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossitemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento áreas florestais e sua qualidade estão em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat past,present national very high
Perda de habitat como conseqüência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al. 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J. and Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biological Conservation 142: 1141–1153.
  2. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1 Annual & perennial non-timber crops habitat present local medium
A economia do município São Miguel Arcanjo (SP) está voltada para o setor agrícola, com o predomínio do cultivo de uvas do tipo Itália e Rubi. Uma variedade que cresce muito na cidade é a uva rústica de mesa, como a niagara,(tratando - se de uma uva com menos custo para a produção),visto que na reforma dos parreirais os produtores vem optando pelo plantio da mesma,também ganhando espaço em novas áreas, principalmente na divisa com Capão Bonito (SP). A uva niagara atualmente em São Miguel Arcanjo, é responsável por 40% da produção do Estado de São Paulo. Também há outros, como o cultivo da batata, soja e feijão (Prefeitura São Miguel Arcanjo, 2018)
Referências:
  1. Prefeitura São Miguel Arcanjo, 2018. Dados gerais, economia. http://www.saomiguelarcanjo.sp.gov.br/pagina/03.html. (acesso em: 30 de agosto 2018)

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada no Parque Estadual das Lauráceas (Bizarro 132), Parque Estadual Carlos Botelho, Núcleo São Miguel Arcanjo (Savassi 229),

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.